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MÁSCARA QUE CAI DE UM GOVERNO QUE NÃO SE IMPORTA COM AS CRIANÇAS
Eduardo
Simões
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Deu num site informativo: “quase dois professores são agredidos por dia nas
escolas de São Paulo”, ao contrário do que diz a propaganda do atual governo
hipercapitalista do estado, que vive a apregoar as maravilhas de suas
iniciativas educacionais, principalmente nos período eleitoral.
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Essa violência que explode, e que é oculta por artifícios estatísticos,
precariedade dos B.Os e por uma política ridícula de ocultação, expressa em
frases do tipo “é um caso isolado”, que nos impede de ir mais a fundo nas raízes
dessa violência, tem suas causas, pressupostas (é impossível fazer um
diagnóstico mais profundo) tanto na violência que campeia na sociedade, e que
tem diversas causas, principalmente a econômica (o desemprego generalizado, a refluxo
das atividades econômicas, etc.) e que nos indica que uma boa e profunda
reforma educacional não será bem-sucedida sem uma profunda e abrangente reforma
da sociedade (= projeto nacional), e a cultural (uma cultura da violência,
nascida de 388 anos de escravidão, além de um estado incapaz de entender e expressar
os anseios da nação).
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Nas escolas essa violência é reflexo tanto da violência cultural, contida na sociedade,
que privilegia as formas violentas de resolução de conflitos (no âmbito social)
e frustrações (no âmbito psicológico), como no fracasso estupendo do estado, leia-se:
o grupo no poder, de gerar e gerir uma reforma educacional dirigida a quem esta
deve ser realmente gerada e gerida: crianças e jovens.
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De fato, crianças e jovens são os grandes abandonados dessa sociedade, uma vez
que, para a “direita”, a educação de crianças e adolescentes não passam de
despesa, enquanto para a esquerda eles lhes são indiferentes, uma vez que
crianças e adolescentes não votam, não participam de passeatas, não gritam “palavras
de ordem”, etc., correspondendo, por assim dizer a um “estágio burguês” da vida
humana... Que tédio!
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O atual governo de São Paulo, equivocado ou hipocritamente, fecha escolas a
mancheia, sob o pretexto de que “a população juvenil está diminuindo
acentuadamente”, quando qualquer um que for às ruas ou andar pelas cracolândias
paulistas e de alhures, sem falar das pesquisas em jornais, só poderá sair de
lá com uma pergunta: “o que fazem tantos jovens e adolescentes aqui?” Ou ainda:
“será que o melhor é fechar as escolas que já existem, como faz o atual
governo, a pretexto de enxugar despesas (claro!) ou adaptar as escolas a uma
redução brutal da natalidade (que não aparece nos censos ou nas estatísticas), ou
antes seria melhor criar um programa que atraísse para a escola tantos jovens e
adolescentes perdidos para o vício e o crime organizado, além de criar uma
escola que seja significativa o bastante para as crianças e jovens que ora a
frequentam, de sorte que não queiram abandoná-la?”
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Enquanto não tivermos uma reforma educacional minimamente digna do nome e uma
escola que possa ser considerada verdadeiramente uma comunidade educacional
centrada nas necessidades específicas de crianças e adolescentes, essa crise só
aumentará, e nós, paulistas e brasileiros, ainda verteremos lágrimas de sangue,
por termos tratado de uma forma tão displicente algo tão estratégico na vida de
uma nação que ainda não perdeu o respeito por si mesma, que é a formação das
futuras gerações...
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