terça-feira, 19 de setembro de 2017

ADAM SMITH – LINHA DO TEMPO

Eduardo Simões

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1726 – Smith era uma criança frágil e doentia, que requeria um desvelo extremo de sua mãe para sobreviver – se é que ela, projetando nele a sua fragilidade de viúva precoce, não agravou essa situação; a considerar também que seu pai era um homem maduro, mais de 30 anos, quando ele nasceu. Certa feita, quando de visita à propriedade de seu avô, o menino foi aparentemente sequestrado por um grupo de trabalhadores volantes ou ciganos (“tinkers”, para os escoceses (1)), sendo salvo apenas porque as pessoas deram falta precocemente do menino, e um tio, saindo a campo com alguns empregados, encontrou o acampamento dos andarilhos e resgatou a criança.
A versão mais tradicional desse episódio tenta passar a ideia de uma pobre criança levada à força, ou por meio de enganos, por uma pérfida cigana. Alguns biógrafos, porém, considerando a personalidade extremamente dispersiva e distraída de Smith, especulam se o menino, perdido em suas fantasias, simplesmente seguiu o comboio que passava, sem nem se dar conta...
Nota
(1) Os tinkers são um conceito difícil, de tão abrangente e desconhecido por nós, apesar de séculos de convivência com a cultura e a história do Ocidente. Os tinkers seriam um povo nômade proveniente da Irlanda, com costumes e dialeto próprio (eles chamam a si mesmos de “minceir” ou “pavee” que de lá teria passado às outras ilhas britânicas, uma espécie de ciganos irlandeses. A esse grupos se misturavam, nos séculos XVIII e XIX, trabalhadores volantes, desocupados, bandidos e até ciganos romani, que nós conhecemos, mostrando os efeitos perversos das mudanças econômicas e tecnológicas por que passavam as ilhas britânicas, em especial com o cercamento dos campos comunais, que levou milhares de camponeses à mais extrema penúria.    

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"Pobreza" e liberdade...

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