ADAM
SMITH – LINHA DO TEMPO
Eduardo
Simões
https://i.pinimg.com/564x/f7/60/f8/f760f828e9216b487609459ea07fe403.jpg
https://br.pinterest.com/
1726 – Smith era uma criança frágil e
doentia, que requeria um desvelo extremo de sua mãe para sobreviver – se é que
ela, projetando nele a sua fragilidade de viúva precoce, não agravou essa
situação; a considerar também que seu pai era um homem maduro, mais de 30 anos,
quando ele nasceu. Certa feita, quando de visita à propriedade de seu avô, o
menino foi aparentemente sequestrado por um grupo de trabalhadores volantes ou
ciganos (“tinkers”, para os escoceses (1)),
sendo salvo apenas porque as pessoas deram falta precocemente do menino, e um
tio, saindo a campo com alguns empregados, encontrou o acampamento dos
andarilhos e resgatou a criança.
A
versão mais tradicional desse episódio tenta passar a ideia de uma pobre
criança levada à força, ou por meio de enganos, por uma pérfida cigana. Alguns biógrafos,
porém, considerando a personalidade extremamente dispersiva e distraída de
Smith, especulam se o menino, perdido em suas fantasias, simplesmente seguiu o comboio que passava, sem nem se dar conta...
Nota
(1) Os tinkers são um conceito difícil,
de tão abrangente e desconhecido por nós, apesar de séculos de convivência com
a cultura e a história do Ocidente. Os tinkers seriam um povo nômade
proveniente da Irlanda, com costumes e dialeto próprio (eles chamam a si mesmos
de “minceir” ou “pavee” que de lá teria passado às outras ilhas britânicas, uma
espécie de ciganos irlandeses. A esse grupos se misturavam, nos séculos XVIII e
XIX, trabalhadores volantes, desocupados, bandidos e até ciganos romani, que
nós conhecemos, mostrando os efeitos perversos das mudanças econômicas e
tecnológicas por que passavam as ilhas britânicas, em especial com o cercamento
dos campos comunais, que levou milhares de camponeses à mais extrema penúria.
https://images.fineartamerica.com/images/artworkimages/mediumlarge/1/gypsy-wagon-in-the-moonlight-fairy-fantasies.jpg
https://fineartamerica.com
"Pobreza" e liberdade...
Nenhum comentário:
Postar um comentário