ADAM
SMITH – LINHA DO TEMPO
Eduardo
Simões
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Alunas
da Kirkclady High School, a escola de Adam Smith, visitando a Escola de Enfermagem
e Ciências da Saúde da Universidade de Dundee. Na época de Smith não havia esse
tipo de frequência na escola...
1729-1737: Smith entra para a Burgh School of
Kirkcaldy, atual Kirkcaldy High School, uma das escolas mais prestigiosas da
época, dirigida pelo professor David Miller, muito conceituado na Escócia e
alhures. Diz o biógrafo francês Albert
Delatour, Adam Smith, sa vie, ses travaux
et doctrine, sobre esse período:
“Desde essa época ele se fez notar por sua
memória prodigiosa, servida por uma autêntica paixão pela leitura, que o fazia
consagrar desde já aos estudos os seus períodos de recreação, sem nunca se
misturar aos seus colegas [sintoma de certa sociopatia, por razões óbvias,
se considerarmos o seu histórico anterior e exclusivo de “filhinho da mamãe”]; por outro lado, a sua compleição delicada
afastou-o dos exercícios violentos e o colocou numa situação de inferioridade
permanente aos olhos de seus colegas. Ele passava o tempo a ler, observar e
refletir. Também adquiriu o hábito muito acintoso de falar sozinho, e de ficar
distraído, mesmo quando acompanhado, singularidades que só se agravaram com o
passar dos anos, e que davam um aspecto por vezes bizarro à sua fisionomia. E,
no entanto, seus companheiros “pegavam pouco no seu pé” [bullying], uma vez que ele se mostrava sempre bom,
generoso e prestativo, de sorte que seus colegas lhe queriam bem e poupavam-no
de suas brincadeiras e sarcasmos, próprios desse período e à rude disciplina
das escolas da época” (tradução livre).
Dessa
excentricidade de Smith sobraram alguns relatos simplesmente memoráveis,
descritos por R. L. Heibroner, Introdução
à história das ideias econômicas. Um vez, já famoso, seguia na companhia de
um amigo, em uma franca conversação quando uma sentinela de um prédio público,
em frente, desceu uma escadaria, o cumprimentou e deu meia volta; para surpresa
do interlocutor Smith seguiu o soldado marchando logo atrás, ao chegar no cimo
da escadaria brandiu a bengala como se fosse uma espada, desceu a escadaria e
retomou a conversa de onde havia parado; suas roupas eram despropositadamente
coloridas.
Na Wikipedia, em inglês, lê-se: “Era
acometido de feitiços ocasionais e doenças imaginárias. Guardavas seus livros e
papeis em altas pilhas no seu escritório [ao invés de usar estantes]. Conforme uma história, ele levou o
importante político inglês Charles Towshend [1725-1767] a um curtume fabril, para lhe mostrar as
vantagens do livre-comércio, quando no meio de uma exposição caiu dentro de um
tonel de tanino [que ficava rés ao chão], sendo necessária a ajuda dos empregados para retirá-lo de lá Certa vez ele pôs, sem perceber, pão e
manteiga dentro de um bule de chá, e depois disse que aquele fora o pior chá
que ele já tomara. Certa vez ele saiu só de camisola de sua casa, e caminhou
distraído, conversando consigo mesmo, até várias milhas fora da cidade, quando
o sino de uma igreja o despertou para a realidade... [era dominado por
temores fúteis], James Boswell
[1740-1795], seu aluno na Universidade de
Glasgow... disse que ele evitava falar de suas ideias em público com receio que
diminuísse a venda de seus livros, e por isso era uma companhia muito
desinteressante... Ele teria dito: “não vejo nenhuma beleza em mim, exceto em
meus livros” (tradução livre). Usava roupas coloridas, bem chamativas, e recusava-se
invariavelmente a posar para retratos, por isso são poucas as imagens que
sobraram dele, a maioria feita de memória pelos artistas.
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...E talvez
por isso ele tenha ficado esquisitão!
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